quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Multidão,Seguidor e Discípulos

  Discipulado é "vínculo íntimo, sólido e entranhável entre duas pessoas - discipulador e discípulo". O discípulo, que deve ser aberto , maleável, tratável e ter um desejo de ser formado em Deus, será conduzido por um discipulador para levá-lo a uma posição mais elevada em Deus, de aprendizado da Palavra  e de vida.

  Discipulado é viver uma vida de renúncia. Mas, por que devemos renunciar? Porque essa é a única forma que Deus tem para produzir em nós o quebrantamento e uma real dependência dele, que é o caminho para a maturidade.

  Jesus desenvolveu pelos menos três tipos de relacionamento : o visitante (multidão), o participante   ( seguidor ocasional) e o discípulo.




Jesus e a Multidão
  O ministério de Jesus foi um ministério de multidões, mas Ele nunca as priorizou. Por quê? Porque o nível de respostas e de compromisso da multidão é pequeno, inseguro, desconhecido; o nível de impacto e transformações da Palavra sobre ela é pequeno. Ele deu prioridade aos vínculos  profundos que tinha com os discípulos. A Bíblia diz que a multidão o seguia por causa dos sinais e das curas que Ele fazia. O que quer dizer isso? Quer dizer que a multidão, por não ter um relacionamento com Jesus, não era conhecida em suas motivações, e quem não é conhecido não é confiável.

  Precisamos reconhecer em nossa igreja aqueles amados que são multidão, para não errarmos cobrando compromisso de quem não os quer ter.

  Quando exigimos algo da multidão, que só poderíamos cobrar dos discípulos, ela nos deixa. Grande parte dos que estavam com Jesus, depois se voltaram contra Ele. As opiniões da multidão oscilam e fluem de acordo com o conjunto da massa. 
Por isso, Jesus não priorizava a multidão. Ela define o lugar de pessoas que não têm compromisso, que não estão dispostas a pagar os custos do discipulado, de ter um compromisso de andar na luz, de submissão, de entrar no padrão dado pelo discipulador. A  Multidão nunca teve a decisão de abraçar a cruz, por isso Jesus não  a priorizava. O seu relacionamento era distante, ela o Via de longe e esporadicamente.

  Então, do que esse nível de relacionamento de Jesus com  a multidão  nos fala?  Fala-nos  de crentes, possivelmente convertidos, salvos, batizados, mas que não têm nenhuma aliança com a igreja local, tampouco têm compromisso  com o Corpo. Buscam  sempre seus próprios caminhos e suas diretrizes particulares. São pessoas que não se deixam tratar, têm uma forma de apresentação simpática , são até afetuosas,mas não se deixam tratar. O próprio fato de serem "afetuosamente superficiais" mostra seu desejo de se manterem  à distância. Não nos permitem penetrar na sua intimidade, nos seus problemas, nos seus pecados, nas suas deficiências. São pessoas que não tem nenhum compromisso com a liderança e muito menos com a visão da igreja. 

São crentes, eventualmente dão o dízimo, têm uma conduta religiosa, mas se acostumaram com o relacionamento superficiais na casa de Deus. 

O que leva alguém a ser multidão?

a) Decepção com estruturas e líderes

  Relações frustrantes, escândalos, feridas profundas e decepção com a estrutura da igreja produzem crentes assim: descrentes de tudo e de todos, que apenas seguem adiante, sem nenhum compromisso com o Corpo. Infelizmente tais pessoas não percebem que a desilusão é o começo do crescimento. Enquanto idealizamos nossos pais somos apenas crianças, mas quando os vemos como são, começamos a entrar na maturidade.

b) Medo de serem conhecidos
c) Ignorância do melhor de Deus
d) Por participarem de "obras mortas"

e) Falta de compromisso mesmo

  Há pessoas que sabem o que Deus quer, convivem com pessoas de visão, no entanto, optam por uma vida descompromissada.  São pessoas que não têm vida abundante com Deus, não tem uma vida  frutífera, não têm vitórias.
São crentes centralizados em si mesmos.
Seus compromissos são totalmente baseados no interesse pessoal.

Características da multidão
  •  Relacionamento distante e impessoal
  • Diálogos sempre muito superficiais, conversas frívolas e fúteis.
  • Fraca resposta ao desafio da Palavra de Deus
  • Não aceitam ser cobrados ou confrontados em sua conduta
  • Não se deixam tratar por ninguém
  • Possuem  motivações desconhecidas e, portanto, não são confiáveis para qualquer obra ou posição de responsabilidade e liderança
  • O nível de crescimento é baixo
  • São totalmente independentes
  • São infantis, confusos, religiosos e materialistas.
  • Não herdam espiritualmente de seus líderes
  • Fogem de tomar a cruz, pois não toleram o desprazer
  • Possuem uma vida egocêntrica
  • Vivem de aparência

Fonte = 21 dias pela unidade
Pr. Aluízio A. Silva
Editora: VINHA
 

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